sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Governo não prorroga IPI reduzido, que termina em 1º de janeiro

Fim do IPI para carros a partir de janeiro deverá motivar consumidores a
aquisição do carro zero até o final deste ano.
Sem espaço no orçamento para mais desonerações de tributos, o governo decidiu não prorrogar a redução da alíquota de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre carros. O imposto fica maior a partir de 1º de janeiro de 2015.
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, esteve ontem com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, de quem ouviu a decisão.Para veículos 1.0 e inferiores a 2.0, a alíquota do imposto subirá de 3% para 7%, que é o seu valor original. Para os com motor 2.0 flex, a alíquota subirá de 9% para 11%. No caso dos carros 2.0 a gasolina, de 9% para 13%.
Segundo Moan, é decisão de cada empresa repassar ou não a recomposição do imposto para o preço ao consumidor.

Impactos
O governo já vinha indicando que não iria prorrogar o benefício, iniciado em 2012 e renovado várias vezes, sob a condição de o setor não demitir e não cortar investimentos.Até o fim de 2014, pelos cálculos da Receita Federal, o governo deverá deixar de arrecadar R$11,5 bilhões com essa política.
Questionado sobre os impactos da decisão, se haverá demissões, por exemplo, Moan afirmou que o setor vai fazer o possível para aumentar a produção e as vendas.
“A indústria automobilística tem seus trabalhadores num nível muito qualificado, o que significa investimento em treinamento muito forte, e a indústria sempre evitou fazer uma redução do pessoal em função desse investimento que foi feito. Vamos lutar o máximo possível para continuar produzindo e principalmente vendendo.”
Depois de um primeiro semestre ruim para o setor, com estoques cheios, demissões, programas de férias coletivas e afastamentos temporários de mão de obra, o setor passa por um segundo semestre de recuperação nas vendas e na produção.
Segundo Moan, as vendas médias cresceram 5,7% de julho a outubro, em relação ao primeiro semestre. A produção cresceu 6,2%, e as exportações, 2,4%.
Em novembro, as vendas estão superiores a 13 mil veículos por dia. “Em outubro estávamos brigando para atingir 13 mil. Este mês, estamos brigando para superar outras metas.”

Investimento
Moan pediu a Mantega que divulgue, o quanto antes, as taxas de juros do PSI (Programa de Sustentação de Investimento, financiado pelo BNDES) para ônibus, caminhões e máquinas agrícolas de 2015.O programa oferece linha de crédito do BNDES para a compra e exportação de bens de capital (máquinas, equipamentos, caminhões e ônibus usados na produção).
Hoje, os juros para compra de caminhões e ônibus está em 6%. Para máquinas agrícolas, 4,5%.

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