sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Prescrição e Automedicação são discutidos na AL

Os riscos da automedicação e a aprovação do projeto de lei do Conselho Federal de Farmácia, que regulamenta a prescrição farmacêutica foram discutidos na tarde desta quinta-feira (31/10) na Assembleia Legislativa do Ceará. O debate foi proposto pela deputada Mirian Sobreira (Pros). Ela afirmou que o objetivo do debate é alertar a população sobre os riscos da automedicação, além de apresentar à sociedade o referido projeto.
Comissão debate projeto de lei do Conselho Federal de
Farmácia sob os riscos da automedicação
“Queremos contribuir para que o número de casos de automedicação diminua. Vamos trabalhar também para esclarecer os pontos desse projeto. As pessoas precisam entender que remédio também pode ser um veneno para a saúde, caso seja usado sem orientação”, destacou a deputada.
Durante o debate, o professor de Farmácia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e membro do Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos da UFC, Paulo Sérgio Arais, afirmou que as intoxicações causadas pela automedicação ficaram em primeiro lugar nos atendimentos realizados pelo Centro de Assistência Toxicológica do Instituto Doutor José Frota (IJF) nos últimos dois anos.
“De acordo com os dados colhidos no IJF, 28% das pessoas atendidas por intoxicação ingeriram medicamentos de forma errada, exagerando na dosagem. Os dados também apresentam seis óbitos causados pela automedicação”, destacou.
Paulo Sérgio também afirmou que as cargas de medicamentos são as segundas mais roubadas no Estado, ficando atrás apenas dos eletrodomésticos, e que esses remédios, inclusive os controlados e de tarja preta, são vendidos por um preço abaixo do mercado e sem precisão médica em locais públicos da cidade. “Nosso medo é com essas vendas clandestinas sem nenhuma orientação. Com a aprovação do projeto de regulamentação da prescrição farmacêutica, essa procura clandestina tende a diminuir e campanhas de conscientização ganharão força”, esclareceu.
O presidente da Associação dos Farmacêuticos do Estado, Luis Cláudio Mapurunga, esclareceu que, pela proposta, a prescrição farmacêutica deve acontecer pela seleção de terapias farmacológicas e não farmacológicas, além de outras intervenções relativas ao cuidado do paciente. As terapias farmacológicas incluem os medicamentos isentos de prescrição médica, as plantas medicinais, as drogas vegetais e os fitoterápicos também isentos de prescrição. “Vinte e cinco mil pessoas morreram no Brasil por intoxicação com automedicação, temos que trabalhar para diminuir esse número”, frisou.
Para o diretor executivo do Conselho Regional de Farmácia, Jacó Albuquerque, para que o projeto seja implantado em sua totalidade, os órgãos competentes precisam se preocupar com a especialização dos profissionais, desde a faculdade até o mercado de trabalho, e uma fiscalização mais rigorosa.
Também participaram do debate a gerente de Assistência Farmacêutica da SMS, Bianca Moreira; o coordenador do curso de Farmácia da Unifor, Expedito Regildo e o diretor do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado, Ielano Vasconcelos.
MA/LF

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